sexta-feira, 5 de março de 2010

Dever ao devir...


Se fosse ser...

Seria a chuva
E levaria pra longe o pranto da viúva
Seria um passarinho
E voaria pra perto do meu benzinho
Seria uma criança
E teria nos olhos inocência e esperança
Seria um girassol
Pra florescer todos os dias ao nascer do Sol
Seria a estrada de chão
Ao lembrar de mim na poeira e solidão
Seria a Lua
E a noite iluminaria tua alma insegura
Seria canção
Para os perdidos aflitos na imensidão
Seria o mar
Pra afogar a amargura quando a onda quebrar
Seria o vento
Correria pra ti nos intervalos de desalento
Seria poesia
Faria rimas até findar o dia
Seria imaginação
escrevendo devaneios amarrados no coração
Criaria mais coisas pra crer
Seria tudo o que eu não posso ser